sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Ações do tempo

Quisera eu percorrer ao lado teu
Mas uma peça me pregou o tempo, maldito
Tratou de deixar tudo distante
Ou seria distante de tudo? Seria?
Certo de que tudo, deixou de ser tudo
Resumindo-se a nada
Esperei muito, a beira da estrada
Para passar o tempo, joguei ludo
Não adiantou enganá-lo, nada mudaria
Mesmo que em outra terra eu fosse habitante
Perderia a magia, perderia o sentido, agora dito:
Acabou! O encanto, enfim, se perdeu.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Partida

Parto, correndo e sempre chego.
Não importa por onde devo pisar
Sempre em passadas rápidas vou chegar.
Mesmo que tenha que pisar em meu ego.

Falo mentiras, trapaceio, não nego,
Mas minhas metas devo alcançar.
Não importa por onde eu vá passar.
Se for preciso fecho os olhos, fico cego.

Na guerra toda estratégia é válida.
Desde que não perca minha crença
Conseguirei preservar minha vida.

Mesmo que não encontre saída
Existe sempre uma esperança
Até a minha última partida.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Terra Brasilis

Onde tem o melhor da bola e do carnaval
Praia e sol, mulher toda hora
Seja em casa, na sala, ou lá fora
Mulher pelada aqui é natural.

Basta andar pela rua para vir o bacanal
Pai com filha, sogro com nora
Quem não é daqui não vai embora
Nesta terra nada é chato nem habitual.

A paisagem caracteriza o ambiente
Num misto de beleza e formosura
Numa terra de clima quente.

O povo a sorrir, muito contente
Com o país e sua estrutura
É o mundo que eles criam, pra gente.

Nota de abertura

Um poeta não fala bem em momento de alegria.
Oscar Wild, no passado, assim dizia.
Pois como falar de amor e felicidade
Se vivemos isso, na realidade.
É difícil expressar sentimentos que vivemos
Mais fácil é expressar aqueles que queríamos.
Dessa forma, fábulas escrevo.
Nelas nada nego, nem devo.

O poeta

O poeta é um ser profundo
Que nos dias tristonhos
Esquece os sonhos do mundo
E enche o mundo de sonhos
(autor desconhecido)