sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Momento atual

Vá, pegue, pare, vote, corra
Não seja cego, nem tolo
Espere a festa, coma do bolo
Aproveite, só não morra.

Cuidado, a roupa borra
De dinheiro e rolo
No governo, colo
Do povo, torra.

É festa, pula
Música, no gabinete.
Não seja mula

Não perca o banquete
Do papai Lula
No palacete.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Partiu antes de existir

Se tiveres uma idéia bem bolada.
Pessoa trate de ficar calada,
Pois falar criará pra ti uma cilada.
Roubam-te na calada.
Sem te dizeres nada.
Seja calouro ou veterano.
Não importa a festa de cada.
Vão te colocar numa roubada.
Para que serves uma idéia apreciada?
Se a usam antes de tu vires realizada.
Essa história de idéia criada.
Seja calouro ou veterano.
É decepcionante ser narrada.
Não irei mesmo aparecer, não é piada.
Podes questionar a minha decisão tomada,
Mas não podes questionar a idéia levada.
Desde que a realização começou a ser divulgada.
Seja calouro ou veterano.
Acredito sim, que a tua atitude foi errada.
Não importa a nova morada.
A imagem que tu deixas revelada,
Não é a melhor que terei de ti guardada.
Desculpe ser sincero, mas não fique abalada.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Mundo mudado, deste e daquele lado

Olhava aquela janela...
Via algo, sim, não, talvez.
Lembro da cor amarela.
Foi você quem fez?
Isso mesmo, fora ela.
Naveguei, parei, em Suez.
Paz, guerra, sentinela.
Era minha vez?
Agora vejo da lapela!
Aquele tabuleiro de xadrez.
Lembro da jogada dela.
Escapava todo mês.
Ficou seqüela?
Diga-me vocês.
Sim, isso, apela.
Conte até três.
Pode sujar, bagunçar. Mela!
Não entendo, é japonês?
Digo sim, farei dela...
Rainha do rei escocês.
Que não precisa deste fela.

Vinte e um da vida

Corra, corra, sem olhar para trás
Procure não falhar.
Ela o persegue, cada vez mais
Nunca pense em parar,
Mas não adianta fugir
Vai tentá-la enganar,
Vai tentar mentir.
Esteja a andar
Mantendo a mente aberta.
Procure não se precipitar,
Mas uma coisa é certa.
Vai precisar fingir.
Mantenha-se alerta,
Para poder sentir
A opção a ser escolhida
O caminho a seguir.
Durante a vida,
Mesmo que tarde.
Quando perceber a sua sorte,
Mesmo que a passagem arde,
Estará no braço da morte.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Um paradoxo

No leito de sono, de morte
Lembranças sonhadas, outras vividas
Situações odiadas, outras queridas
Tiveram a sua própria sorte.



Manter mente e corpo forte
Em situações não resolvidas
Para não ter dores, nem feridas
Na pele e no córtex, um corte.



Não há lugar seguro
Onde podemos nos esconder
Seja no claro ou no escuro.



Temos que enfrentar, conhecer
O mundo, o quê procuro
É assim, que devemos viver.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Ir Além

Mar da vida, mar de gente
Nesta Terra não sou bem vindo
Por isso dela estou saindo
Correndo da temperatura quente.

Estou cada vez mais descontente
Devido esta sensação de estar caindo.
Vou pular ao céu azul e lindo
O quanto antes, assim, de repente.

Cansado estou desse labor
De estar fixado a Terra
Ás vezes sinto forte dor.

Quando, da vida, esqueço o sabor
Faço como o gado que chora e berra
Porém não esqueço da vida e sua cor.

Não mais do mesmo

Se quisesse aquele mesmo gosto
Aquela mesma mão
Aquela mesma sensação
Continuaria a vir teu rosto.

Procuraria pelo teu encosto,
Pois importava-me quando dizias não
Agora, não quero tua opinião
Abandonaras aquele que fora teu posto.

Estou em busca de outra pairagem
Seja por desejo ou vontade,
Mesmo que seja, apenas, uma miragem.

Chame de vaidade
Chame de libertinagem
O quê procuro, apenas, é cumplicidade.

Saboreando a Vida

Se tens fome, vá a terra
Se és fraco, vá a força
Se és medroso, vá a guerra
Se és invencível, vá a fossa
Se és baixo, vá a serra
Se és egoísta, vá a nossa
Se és bondoso, vá e ferra
Se és inconseqüente, vá e meça
Se morreres, vá e diga o viu
Se em vida, não saboreou
É culpa daquele que não viveu.

Guerreiro Cruzado

Tem dias que vou a caça;
Fazer a minha própria guerra.
Seja na planície ou na serra;
Vou quebrar crânios com a maça.

Se tens que guerrear, vá e faça,
Pois a vida, um dia vem e te ferra.
Essa é a realidade que asola a Terra.
Ao perdedor, pertence o sangue na taça.

Com a cruz vermelha no peito
Provocarei o terror,
Enquanto fico com a paz do leito.

É culpa do homem o sentimeto da dor
E através de seus feitos,
A Terra deixou de ser flor.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Minha Condução

Não aguento mais essa situação
De chegar todo suado do azulão
Desço sempre triste e amarrotado
Culpa desse ônibus lotado.

Passo 30 minutos em pé esperando
E as vezes, ele acaba não parando.
Tá tão lotado que ele me esquece
Só pára quando alguém desce.

É uma tremenda confusão
Não posso nem tirar meu pé do chão
Não consigo lugar para me segurar
Pois não tem mais lugar para, a mão, colocar.

Para quê pago a condução?
Se não me dão apenas uma opção.
O azulão termino pegando
Porque não existe outro, na minha linha, passando.

Mas nem sempre consigo chegar,
Pois quando está muito lotado ele resolve não parar.
Oh! Situação do inferno!
Por isso, com a van eu alterno.

Agora, pretendo perguntar
Que alternativa é essa inventaram de criar?
Como é que criam esse transporte alternativo
Se ninguém tem lugar cativo.

Quase não existe onde sentar
Muito menos ferro para se segurar.
É queda na certa,
Ainda mais quando a porta está aberta.

Esse é o meu transporte coletivo
Feito de ônibus e alternativo
Não importa em qual eu vou chegar
Eles irão me decepcionar.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Quando comecei a falar

Nem todos os dias são iguais
Uns felizes, outros infelizmente.
Coisas de indivíduo sapiente
Ao relembrar da vida e seus anais.

Dizia que não faria isso, jamais.
Me pego fazendo sempre, atualmente.
Está enraizado aqui na mente
Me livrar disso, nunca mais.

Atrevo-me, agora, a falar na certeza
Pois perdi muito, talvez tudo
Desde que abandonei a pureza.

Divertia-me com minha destreza
De fingir-me ser apenas um mudo
Como era divertido, uma beleza.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Esperar sentado

Quero mais que tudo exploda
Chega de ouvir todos reclamando
Chega de ouvir alguém chorando
Vou sentar e tomar uma soda.

Não ligo mais se querem brigar,
Discutir política ou movimento social
Saí dessa, não quero ser o sujeito ideal
Quero apenas parar e sentar.

O mundo é habitado por 6 bilhões
Não sou herói, muito menos salvador
Nem mato a fome, muito menos curo a dor.
Por isso, não me venham com seus sermões.

Parei de correr atrás da vida,
Se ela quiser algo de mim, que venha
Pode furar a fila, sem senha
Afinal, ainda é querida.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Ações do tempo

Quisera eu percorrer ao lado teu
Mas uma peça me pregou o tempo, maldito
Tratou de deixar tudo distante
Ou seria distante de tudo? Seria?
Certo de que tudo, deixou de ser tudo
Resumindo-se a nada
Esperei muito, a beira da estrada
Para passar o tempo, joguei ludo
Não adiantou enganá-lo, nada mudaria
Mesmo que em outra terra eu fosse habitante
Perderia a magia, perderia o sentido, agora dito:
Acabou! O encanto, enfim, se perdeu.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Partida

Parto, correndo e sempre chego.
Não importa por onde devo pisar
Sempre em passadas rápidas vou chegar.
Mesmo que tenha que pisar em meu ego.

Falo mentiras, trapaceio, não nego,
Mas minhas metas devo alcançar.
Não importa por onde eu vá passar.
Se for preciso fecho os olhos, fico cego.

Na guerra toda estratégia é válida.
Desde que não perca minha crença
Conseguirei preservar minha vida.

Mesmo que não encontre saída
Existe sempre uma esperança
Até a minha última partida.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Terra Brasilis

Onde tem o melhor da bola e do carnaval
Praia e sol, mulher toda hora
Seja em casa, na sala, ou lá fora
Mulher pelada aqui é natural.

Basta andar pela rua para vir o bacanal
Pai com filha, sogro com nora
Quem não é daqui não vai embora
Nesta terra nada é chato nem habitual.

A paisagem caracteriza o ambiente
Num misto de beleza e formosura
Numa terra de clima quente.

O povo a sorrir, muito contente
Com o país e sua estrutura
É o mundo que eles criam, pra gente.

Nota de abertura

Um poeta não fala bem em momento de alegria.
Oscar Wild, no passado, assim dizia.
Pois como falar de amor e felicidade
Se vivemos isso, na realidade.
É difícil expressar sentimentos que vivemos
Mais fácil é expressar aqueles que queríamos.
Dessa forma, fábulas escrevo.
Nelas nada nego, nem devo.

O poeta

O poeta é um ser profundo
Que nos dias tristonhos
Esquece os sonhos do mundo
E enche o mundo de sonhos
(autor desconhecido)