segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Sem noção

Vejo aquela fonte
Tenho vontade de escarrar
Jogo areia, quero sujar
Jogar lixo, um monte.

Olho de cima da ponte
O povo passar
Tenho vontade de vomitar
Me denuncie, conte.

Simplesmente não ligo
Quero ver sangue
Quero ver destruição.

Assim eu sigo
Não ligue
Perdi a noção.

Pela estrada

Na estrada
Paro, penso
Vazio e denso
Até a chegada.

Desço a escada
Pego o lenço
Largo o terço
Procuro estada.

Mudo a história
Buscando sigo
Definir um destino.

Almejo vitória
Derrotar o inimigo
Encontrar um signo.

domingo, 28 de setembro de 2008

Musa Distante

Nessa vida formosa
Deixo de ser apenas pastor
Para tornar-me teu amor
Fruto da tua rosa .

Com política ou com tosa
Serei um trabalhador
Que não pára, mesmo na dor
De lutar pela minha preciosa.

Posso parecer um insano
Mas observe bem
Pode ser engano.

Pois apaixonado por alguém
Desde setembro deste ano
Contigo quero ir além.

sábado, 27 de setembro de 2008

Para Lari

Garota com a camisa do mengão
Não perde jogo de futebol
Não dispensa uma skol
Torcendo pelo time de coração.

Direito trabalhista ou licitação
Fazem parte do seu rol
Mesmo em dias de sol
Tem que entrar com uma petição.

Nunca esquece da sua fé
Frequenta a casa do senhor
Atua como catequista

Seja no Cristo Rei ou na Sé
Trabalha com amor
Considerando cada dia, uma conquista.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Materialista

Sai perguntando onde vamos
Quando vamos e podemos gastar
Se eu posso ou não a conta pagar.
Mas na realidade, quem somos?

Ela não consegue nos dizer.
Me atrevo ao falar minha ambição
Ela não tem nenhuma opção
Reclamar é o que consegue fazer.

É cheia de restrições
Só sai se for de carro
Porque se não for morre.

É cheia de contradições
Diz que Deus é o socorro
Mas suas atitudes não a socorre.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Fale, Peça, Saia, Sou

Falam de produção
Falam da amada
Falam de nada
Falam de reprodução.

Pedem uma ação
Pedem a cada
Pedem uma salada
Pedem uma opção.

Saio a procura
Saio na medida
Saio da loucura.

Ser ou não perdido
Ser ou não a cura
Ser ou não entendido.

Dose de Sentido P

Pequena dose de humor
Posso, agora, até voar.
Por todo este lugar
Perdido e sem cor.

Pense bem no valor
Posto pelo seu lar.
Produto consumido no bar
Pecado leve e inodor.

Precisa da tal
Porção de nada
Preço da liberdade.

Predestinado e mal
Pode agir na calada
Pondo fim a humanidade.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Vejo na mídia

Estamos em uma rede
Todos estão interligados
Muitos estão calados
Outros, ainda, têm sede.

Se a sociedade cede
Deixando-nos parados
Espectadores contaminados
Pela ação que fede.

Essa é a política
Que no país existe.
Situação midiática

Que há tempos resiste.
Foge a lógica matemática
Ao dar migalhas, alpiste!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Guerra particular

Entre tropas e cidadãos
Vou seguir, lutar
Se preciso me armar
Salvar a pátria com as mãos.

Todos nós somos irmãos
Deveríamos nos amar
Fortuna pode encantar
Trazer a destruição.

Devo efetuar um resgate
Do povo, da pátria
Tenha essa certeza.

Derrotar qualquer biscate
De todos esses párias
Essa é a minha fortaleza.

Gripe

Estranho sabor
Este na garganta
Bebo água santa
Evito a dor.

Mistura de cor
Vermelha tanta
Verde encanta
Esse labor.

Gosto de catarro
Sinto vontade
De me livrar

Com um escarro
Pura necessidade
De me curar.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

A busca

Percorro o mundo
Passo a vislumbrar
O céu e o mar
Um pouco mais fundo.

Lugar limpo ou imundo
Quero ver, encontar
Ir a algum lugar
Jogar no São Raimundo.

Nem sequer importa
O trabalho que tenho
Que me bate a porta

Marcado em meu cenho
Com a minha boca torta
Buscar um destino venho.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Alterego

Gosto das coisas sujas
Não quero mais rimar
Abusei essa situação
Mando tudo se lascar

Quero ver o mundo
Um novo mundo viver
Descobrir o desconhecido
Fazer o proibido.

Nem sempre sai como quero
E me aparecem coisas certas
E limpas, e rimas.

Não sei o motivo
Sigo sem saber
Tenho muito a aprender

Correndo

Céu caído
Mundo ao chão
Vejo decepção
Naquele cupido.

Está sumido
Aquele coração
Dono da paixão
Sentimento esquecido.

Saio correndo
Sem rumo
Procurando esquecer

Sempre viajando
Eu sumo
Procurando vencer.

Valor

Mundo valor
Pago preço
Com apreço
Viro senhor

Vendo amor
Sumo, apareço
Passado esqueço
Sou vendedor.

Viva o Capital
Gera renda
Gera poder

Pode ser mal
Mas entenda
O valor do ser

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O celular e o mar

Consegui uma proeza
Na beira do mar
Com meu celular
Na cidade de fortaleza.

Foi uma tristeza
Consegui derrubar
Aparelho se desmontar
Fiquei na incerteza

De tê-lo perdido
De tê-lo deixado
No mar caído

Não fora esquecido
Parte ficou afogado
O resto partido.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Dia e dia

Tem dia que faz sol
Tem dia que faz sombra
Depende da lombra
Do cheiro de formol

Ocupado no rol
Trabalhando na obra
Ao fim, resta a sobra
A dormir no socimol

Pensar numa razão
Vem a dúvida
Levantar ou dormir?

Sim ou não
Morte ou vida
Prefiro me omitir.