quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Aquela Esquina

Quando passo por aquela mesma esquina.
Eu sempre recordo daquele final de tarde.
Quando meu sonho, virou uma realidade.
Recordo das ruas caminhadas em Teresina.

Me pego em lembrança nostálgica e feliz,
Quando lembro de como foi aquele dia.
Até chegarmos a Firmino com Santa Luzia,
No dia que eu tive o que sempre quis.

Hoje depois de passados tantos e tantos anos,
Não sinto, no peito, nenhum arrependimento.
Foram noites de muitos e muitos sonhos,

Até que chegou naquele dia e momento.
Por mais que  tenham existido quedas e canos,
Não existe tristeza, nem mesmo um lamento.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Fazendo História

Posso até parecer frustrado,
Por ter escolhido sem aprumos.
E não ter realizado vários  rumos.
Hoje vejo pouco concluído, terminado.

Carreiras e destinos escolhi e logrei
Nada mais do que várias derrotas.
Por várias vezes, pensei no último ato,
Mas esse gene eu não tenho, eu sei.

Por isso, a cada dia vou tentando.
Mudar muito mais que minha história.
A cada dia vou e vou inventando,

Muito mais que apenas paródias.
Procurando sempre ir melhorando,
Muito mais do que apenas minha memória.

sábado, 15 de novembro de 2014

Apenas mais um

A vida e o tempo nos constrói,
Reflexos do tudo e do nada,
De ações e de escolhas, cada,
Que nos faz e nos destrói.

Hoje eu vejo onde estou
E pergunto era o que queria.
Se de novo tudo eu faria,
Ou se lamento o quê o sou.

Não sei que caminho trilho,
Ou se escolho caminho nenhum.
Agora, sigo as migalhas de milho,

Até o mais distante lugar algum.
A cada dia deixo de ser filho,
Para ser apenas mais um.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Vá com Deus

Nunca quis ser chamado de poeta,
No máximo, de alguém que faz versos.
Escorrego nas palavras e nos processos,
Nem faço uma rima mais discreta.

Vejo versos ricos e pobres,
Mas somente a pobreza me restou.
Escrevo o que sinto, o que sou.
Por isso, não escrevo letras nobres.

Fico triste quando perdemos um representante,
Desses escritores da verdadeira poesia.
Que enchem nossos corações e mentes,

Da mais saudosa alegria,
Espero que parta calmamente
E obrigado por toda a magia.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Como Limo

Para que serve a religião?
Para trazer a paz espiritual,
Para nos afastar de todo mal,
Para nos dar uma razão?

Se dizes seres religioso,
Por que humilhas tanto o irmão,
Por que o ódio no teu coração?
Precisas seres rancoroso?

Se seres religioso é tratar de amor,
Por que não paras de julgar o próximo?
Por que não paras de causar dor?

Se seres verde e puro como limo,
E não queres causar desamor,
Da escolha de uma religião te elimino.

sábado, 8 de novembro de 2014

Um Monstro

Tenho um monstro dentro de mim.
É uma luta incessante a cada dia,
Vencê-la eu mais que quereria.
Em algumas batalhas, desisto enfim.

Procuro combater meu inimigo diário,
Com as mais variadas artimanhas,
E todas as forças de minhas entranhas.
Mas todo dia, sou feito de otário.

Na vida, já fiz da luta uma ambição.
Um ideal de vida, uma premissa.
Uma simples busca pela razão.

Virou algo grande, uma cobiça,
Algo que foge de qualquer explicação,
Vencer esta minha imensa preguiça.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Como me defino

Como posso me definir?
Alguém de muitos gracejos,
Incapaz de fazer molejos,
Alguém que gosta de sorrir.

Costumo contar uma piada,
Sem graça, provavelmente.
Em alguns casos uso a mente,
Mas sempre caio em uma cilada.

Procuro sempre ser amigo.
Estou pronto a ajudar,
Mas não me queira como inimigo.

Um dia penso em sair além-mar,
E do mundo, me desligo,
Com a cabeça no céu,  a viajar.