sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Mundo mudado, deste e daquele lado

Olhava aquela janela...
Via algo, sim, não, talvez.
Lembro da cor amarela.
Foi você quem fez?
Isso mesmo, fora ela.
Naveguei, parei, em Suez.
Paz, guerra, sentinela.
Era minha vez?
Agora vejo da lapela!
Aquele tabuleiro de xadrez.
Lembro da jogada dela.
Escapava todo mês.
Ficou seqüela?
Diga-me vocês.
Sim, isso, apela.
Conte até três.
Pode sujar, bagunçar. Mela!
Não entendo, é japonês?
Digo sim, farei dela...
Rainha do rei escocês.
Que não precisa deste fela.

Vinte e um da vida

Corra, corra, sem olhar para trás
Procure não falhar.
Ela o persegue, cada vez mais
Nunca pense em parar,
Mas não adianta fugir
Vai tentá-la enganar,
Vai tentar mentir.
Esteja a andar
Mantendo a mente aberta.
Procure não se precipitar,
Mas uma coisa é certa.
Vai precisar fingir.
Mantenha-se alerta,
Para poder sentir
A opção a ser escolhida
O caminho a seguir.
Durante a vida,
Mesmo que tarde.
Quando perceber a sua sorte,
Mesmo que a passagem arde,
Estará no braço da morte.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Um paradoxo

No leito de sono, de morte
Lembranças sonhadas, outras vividas
Situações odiadas, outras queridas
Tiveram a sua própria sorte.



Manter mente e corpo forte
Em situações não resolvidas
Para não ter dores, nem feridas
Na pele e no córtex, um corte.



Não há lugar seguro
Onde podemos nos esconder
Seja no claro ou no escuro.



Temos que enfrentar, conhecer
O mundo, o quê procuro
É assim, que devemos viver.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Ir Além

Mar da vida, mar de gente
Nesta Terra não sou bem vindo
Por isso dela estou saindo
Correndo da temperatura quente.

Estou cada vez mais descontente
Devido esta sensação de estar caindo.
Vou pular ao céu azul e lindo
O quanto antes, assim, de repente.

Cansado estou desse labor
De estar fixado a Terra
Ás vezes sinto forte dor.

Quando, da vida, esqueço o sabor
Faço como o gado que chora e berra
Porém não esqueço da vida e sua cor.

Não mais do mesmo

Se quisesse aquele mesmo gosto
Aquela mesma mão
Aquela mesma sensação
Continuaria a vir teu rosto.

Procuraria pelo teu encosto,
Pois importava-me quando dizias não
Agora, não quero tua opinião
Abandonaras aquele que fora teu posto.

Estou em busca de outra pairagem
Seja por desejo ou vontade,
Mesmo que seja, apenas, uma miragem.

Chame de vaidade
Chame de libertinagem
O quê procuro, apenas, é cumplicidade.

Saboreando a Vida

Se tens fome, vá a terra
Se és fraco, vá a força
Se és medroso, vá a guerra
Se és invencível, vá a fossa
Se és baixo, vá a serra
Se és egoísta, vá a nossa
Se és bondoso, vá e ferra
Se és inconseqüente, vá e meça
Se morreres, vá e diga o viu
Se em vida, não saboreou
É culpa daquele que não viveu.

Guerreiro Cruzado

Tem dias que vou a caça;
Fazer a minha própria guerra.
Seja na planície ou na serra;
Vou quebrar crânios com a maça.

Se tens que guerrear, vá e faça,
Pois a vida, um dia vem e te ferra.
Essa é a realidade que asola a Terra.
Ao perdedor, pertence o sangue na taça.

Com a cruz vermelha no peito
Provocarei o terror,
Enquanto fico com a paz do leito.

É culpa do homem o sentimeto da dor
E através de seus feitos,
A Terra deixou de ser flor.