terça-feira, 28 de outubro de 2008

Amor leve como ar

Pequeno amor
Posso carregar.
Leve como ar,
Levo onde for.

Cheio de cor.
Posso amar,
O meu par
Ausência de dor.

Sinto utopia
Algo sintomático.
Essa é a história

Do campo semântico.
Dona dessa magia
Do eu romântico.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Mar de decepções

No mar de decepções
Baús cheios de desamores
Perdem-se os valores
Dentro das embarcações.

São tantas as condições
São tantos os interiores
Carregados de temores
Das próximas personificações.

Será certo ou errado?
Minha nau estacionada
Num lugar sossegado

Uma resposta, uma parada
Marinheiro desencantado
Não espera mais nada.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Com amigos no bar

Existe uma maré
A pior que Há
Vamos ao bar
Esquecer da caê.

Culpam a mulher
Pelo ser e estar
Por ir ao lugar
Desabafar e beber.

Dizem o que acontece
O que já aconteceu
E suas esperanças.

Outro dia, amanhece
E o passado seu
Transforma-se em lembranças.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Aquilo que persegue

Pregado na sola
Do sapato preto
Pequeno espeto
Afiado que cola.

Anda, ele amola
Forte como concreto
Corpo todo reto
Vida muito tola.

Figuram na história
Alguns, outros nem tanto
Apenas alguns, enfim

Compõem a escória
Donos de nojento encanto,
Querem algo de mim.

Nota do final de semana

Um dia de classe
Vestido como rei.
Será? Sim ou não, irei?
Não vou deixar que passe.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Menino, Menina e Bola

Olha lá a bola
Ela vem e gira
O garoto mira
Ela vai e rola.

Jogo na escola
Time escolhe, tira
O jogador Bira
Da menina Lola.

Futebol beleza
Puro divertimento
Lembro com clareza

Desse momento
De pura franqueza
Lembranças daquele alento.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Marchinha

Vou fazer marchinha
Já quis ser militar
Bem longe do mar
Ser mais um pracinha.

Preferi fazer riminha
No aparelho de computar
Fora ou dentro do lar
Falar dessa vidinha.

Alegrias e tristezas
Brincadeiras e obrigações.
Já fiquei embreagado

Já fui escravizado
Por algumas paixões
Hoje me sinto aliviado.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Esperança

Capitalismo real
Divide, entrega
Árvores rega
Utopia social.

Vejo todo mal
Da vida cega.
Vive, desagrega
Mata o animal.

Queda, recessão
Tudo do zero
Essa é a situação.

Salvar? Até quero
Mas existe salvação?
Acredito e espero.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Aflito

Monento de tensão
Fico impaciente
Distúbio da mente
Perda de atenção.

Controle? Não.
O corpo sente
O cérebro desmente
Essa minha aflição.

Estou em lamento
Apenas, não consigo
Me concentrar.

Grande tormento
Grande inimigo
Preciso parar.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Boêmio

Mais uma dose
Dessa bebida.
Meu corpo lida
Com a falta de glicose.

Nessa simbiose
Pouco lúcida
Muito translúcida
Sinto trombose.

Quero repetir,
Outra, mais e mais
Mente e corpo reagem.

Posso sentir
Sensação de paz
Ou é apenas miragem?

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O dia e seu fim

Dia de açoite
Vem e vai
Sempre cai
A meia-noite.

Uma ação
Cotidiana
Sempre emana
De uma ambição.

Quem acorda
Sem destino algum
Dorme sem sonhar.

Primeira horda
Trabalha cada um
Sonho a realizar.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Questão de Vida

Sou destinado a nada
Sou desgarrado de tudo.
Absorvo tudo com canudo
Pois minha vida é parada.

Chame aquela, a mais danada
Capaz de me deixar todo mudo.
Sinto-me completamente desnudo
Na vida que me foi dada.

Sejamos sensatos, ou não
Sejamos todos crentes
Sendo ateu ou cristão

Que a vida, segue e não mente
Nesta ou em outra encarnação
Somos nada, fora da nossa mente.